terça-feira, 4 de março de 2008

Eu acredito em...



Não é intenção minha utilizar esse espaço para apontar filosofia(ou teologia)religiosa. Mas o assunto “Deus” e religião são questões inseparáveis da discussão cotidiana. Entender Deus, seus desígnios, vontades, poderes, influencia, etc, são tarefas por demais complicadas. Culturas variadas tiveram deuses variados. Alguns povos adotaram vários deuses. A religião dos gregos, era a religião do racionalismo. Os gregos não acreditavam em nada se não pudessem tocar e ver. A religião dos maias cultuava divindades ligados à caça, à agricultura e os astros. Os maias acreditavam que o destino do homem era regido pelos deuses, e para eles ofereciam alimentos, sacrifícios humanos e animais. Não difere muito de religiões de hoje em dia. Os persas criaram o zoroastrismo, uma religião dualista que acreditava na existência de dois deuses: Ormuz (Bem) e Arimã (o Mal). Os princípios do zoroastrismo foram reunidos num livro, o Zend Avesta. Vários deles influenciaram o judaísmo e o cristianismo. Segundo a história, as idéias dualistas de céu e inferno, bem e mal, por exemplo, vem dos persas e está arraigada em nossa cultura ate os dias de hoje. Judeus, cristãos e muçulmanos são monoteístas, mas isso não é suficiente para que se entendam. Nem mesmo protestantes se entendem nas suas diversas formas. Também os católicas, que se sub-dividem.

Ao longo dos tempos, muitos se levantaram para contrariar a idéia de que há um Deus. Pesquisando sem nenhuma minúcia, percebi que homens como Nietzche e Karl Marx, por exemplo, mas são anti-religiosos do que propriamente ateus. No livro Ecce Homo, Nietzche escreveu que sua guerra é contra o cristianismo. Na mesma obra, ele discorda de doutrinas(como a castidade). De fato, há muita razão para se discordar da idéia de uma religião “gerenciar” a vida das pessoas, uma vez que grandes mazelas e catástrofes da humanidade foram motivadas por sentimentos religiosos. Pessoas que na sua sinceridade(leia-se cegueira), planejaram e executaram o mal, matando muitos, como, para um exemplo recente, o fatídico dia 11 de setembro de 2001. Esse é apenas mais um exemplo de tantos. O fundamentalismo de cristãos, muçulmanos, judeus, contrariou o que seus próprios líderes ensinaram. Jesus Cristo foi um homem impressionante, não há como negar isso. Seus ensinos, baseados no amor ao próximo, na boa convivência fariam do mundo um lugar muito melhor se aplicássemos seus ensinos. O profeta Maomé ensinou que "a benevolência e a cortesia são atos de piedade". O que isso tem a ver com se vestir de bombas para matar pessoas? O grande problema das religiões não são elas próprias, mas sim as pessoas e seus cérebros, que adaptam as crenças escritas as interpretações que lhes são interessantes.

Marx tinha razão. Forma de dominação. Através de algo tão importante, a religião, pessoas exercem dominação sobre outras, obtendo status, poder e lucro.

É uma discussão que se alonga no tempo. Quem sou eu para abordar tal assunto com grande numero de páginas. Um fato é que de um lado a existência de Deus, como poder ou força criadora e mantenedora não é provável cientificamente. Outro, é que as teorias evolutivas não são, de fato, seguras em todas as suas teses. O assunto é pessoal, de cunho particular, porem, pede-se, clama-se, que se possa viver, acreditando ou não em Deus ou na ciência, com respeito e tolerância para com o próximo. Isso é o mínimo.

Abração.

Um comentário:

  1. Eu também... É muito grandioso pra se ter dúvidas! Não importa o clero,a política que existe por trás das cortinas, nem por nada... somente por ser o certo... o digno... eu diria até o normal... rs

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