quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Um pouco de arte - Parte II


Suposta Força

Eu tenho a coragem de rasgar meu peito
E dele subtrair um nome, uma imagem...
Mas choro se lembro daquele sorriso.

Tenho a coragem de dilacerar sentimentos outrora inefáveis...
Mas, resoluto, entrego-me às doces lembranças
Que me assaltam sobre o travesseiro.

Contrario a lógica emocional do que eu mais desejo,
Mas esmurro minha dureza de coração
Se apenas imagino o vulto da minha amada.

Como num auto-sacrifício eu sou capaz de negar e negar-me,
Mas me entrego às ilusórias lembranças...
Utópico pretérito, ímã do futuro.

Em sua suposta força o poeta denuncia a sua fraqueza:
As letras de um nome, o som de um sorriso,
A imagem turva de uma sombra que se foi.


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