
Suposta Força
Eu tenho a coragem de rasgar meu peito
E dele subtrair um nome, uma imagem...
Mas choro se lembro daquele sorriso.
Tenho a coragem de dilacerar sentimentos outrora inefáveis...
Mas, resoluto, entrego-me às doces lembranças
Que me assaltam sobre o travesseiro.
Contrario a lógica emocional do que eu mais desejo,
Mas esmurro minha dureza de coração
Se apenas imagino o vulto da minha amada.
Como num auto-sacrifício eu sou capaz de negar e negar-me,
Mas me entrego às ilusórias lembranças...
Utópico pretérito, ímã do futuro.
Em sua suposta força o poeta denuncia a sua fraqueza:
As letras de um nome, o som de um sorriso,
A imagem turva de uma sombra que se foi.
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