
No dia seguinte, o índio trabalhava mais disposto e a noite, da entrada de sua cabana, viu mais uma vez aquela estrela tão grande e brilhante que alegrou seu coração no dia anterior. Mais feliz ficou o jovem índio. Na noite seguinte pela terceira vez ele via a grande estrela. No quarto dia seu coração já palpitava ao entardecer, pois acreditava que veria mais uma vez aquela estrela grande. O índio estava apaixonado pela estrela que o seu deus Tupã lhe concedera. No quinto, no sexto dia ele estava ainda mais feliz e apaixonado pela estrela e não imaginava não poder ver a sua amada estrela antes de dormir.
No sétimo dia desde que avistara a estrela estava nublado e o apaixonado índio não pode ver sua amada brilhante. Três dias depois fez tempo bom, mas a noite o índio não viu mais a estrela pela qual se apaixonou. No outro dia, também sem nuvens, a estrela não apareceu.
Nunca mais o índio viu sua estrela apaixonante, pois se tratava de um cometa que cortava o céu do Planeta Terra. Cometas passam e demoram muitos anos para passar de novo. Muitas vezes passam uma vez e nunca mais retornam. O jovem índio chorou, brigou com Tupã, mas entendeu que é preciso esquecer sua paixão.
====================================
O índio urbano nem sempre diferencia o que é uma estrela ou um cometa. Quando é uma estrela, ele entende que o céu é feito de muitas outras. Quando é um cometa, ele tem paciência para esperar cruzar o seu céu novamente.
====================================
O índio urbano nem sempre diferencia o que é uma estrela ou um cometa. Quando é uma estrela, ele entende que o céu é feito de muitas outras. Quando é um cometa, ele tem paciência para esperar cruzar o seu céu novamente.