terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Abrindo Embalagens de Presentes


Esses dias estive comprando umas coisas pra presentear pessoas queridas. Nas lojas em que comprei não embalavam pra presente, então comprei papel , fitas e eu mesmo fiz as embalagens dos presentes. Não é minha praia, mas até que ficaram bonitinhos os embrulhos de presentes. Depois que presenteei, fiquei ponderando uma coisa. Divaguei sobre o ato de abrir pacotes de presente. Alguns abrem com muito cuidado, as crianças, ansiosas, vão logo rasgando. Mesmo os mais cuidadosos de não estragar uma embalagem bonita demonstram alguma ansiedade, curiosidade, ao abrir. Penso que todos querem urgentemente saber o que há dentro do pacote. É um prazer enorme abrir pacotes de presentes.

Não sou um entusiasta em comemorar natal, mas estive pensando nas milhares ou milhões de mãos nervosas, olhos fitos nos pacotes coloridos, pessoas ávidas por abrir, ver, identificar, usar os presentes ocultos nas embalagens. É um momento mágico os segundos entre receber o presente e notar o que há dentro do embrulho.

Meu pensamento foi mais longe ao imaginar e notar isso. Entendi que a gente quer ser agraciado com o presente, quer gostar, usar... Não lembro de alguém que tenha deixado pra abrir o presente outro dia, ou que o faça sem nenhuma pressa ou vontade de fazê-lo. Entendi que a gente quer ser feliz agora, urgente.

Aplicação: Aproveite os presentes que você tem recebido. Os com embalagens e, principalmente, aqueles que não vêm em embrulhos, aqueles que não tem preço ou valor material.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Um Pouco de Arte - Parte III


Negros Cabelos

Aqueles negros cabelos levava o vento.
Receio o adeus, peço a Deus. E o vento levou...
Insensato o tempo, cruel a sorte,
Antecipou-se ao sentimento,
Derrubou o que era forte,
No seu mais intenso momento
Esqueceu-se do que testemunhou.

Ah! O tempo, essa testemunha sem coração,
Lembrar-se-á do que é vivo na memória,
E lembrará a quem importa a lembrança.
Mas o que o poeta pensa não é mera emoção,
Pois sonha como se fosse criança
E vive atento, mirando a razão.
Aqueles negros cabelos são História!

terça-feira, 8 de junho de 2010

(L)



Precisa dizer alguma coisa? Comente!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A Cor do Brasil 2 - Martin Luther King Jr.


Mês passado completaram-se 42 anos do assassinato de Martin Luther King Jr.(Desde o início de abril venho pensando em escrever sobre isso, mas o tempo não tem permitido). Filho de pastor batista e professora, King desde jovem incorporara os idéias de liberdade, lema americano desde a sua formação no séc. XVIII, mas que não valia quando a idéia pudesse prevalecer para índios, negros e os de outras nações.

"O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons"

Adepto do protesto não violento, baseado no discurso do líder indiano Mahatma Gandhi, fez pela comunidade negra americana mais do que qualquer autoridade constituída ou personalidade. Lutou pacificamente contra a segregação racial nos ônibus, ambientes de trabalho, pelo direito de voto para os negros e outros direitos civis básicos. Como resultado parte boa de suas reivindicações foram agregadas à lei americana. Atuante em diversas esferas, colocou-se contra o presidente Lyndon Johnson na questão da Guerra do Vietnã e convenceu uma atriz negra a abandonar um papel no seriado Star Trek, convencendo-a que era importante ter um representante negro no programa. Por sua trajetória em prol de um mundo melhor, King mereceu o Prêmio Nobel da Paz, recebido em 1964.

"Aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes; mas não aprendemos a simples arte de vivermos juntos como irmãos"

Desde meados do século passado ou autor do famoso discurso “I Have a Dream” já sonhava com um presidente afro descendente em seu país. Postumamente seu sonho se realizou, mas, certamente, ainda há muito o que conquistar na luta pela igualdade de direitos entre negros e brancos, tanto nos Estados Unidos quanto em nosso Brasil.

Estou certo de que, se aqui e lá tivermos outros jovens idealistas e de alma pura como Martin King Jr., independente de etnia, teremos um mundo muito melhor.

"Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados
por sua personalidade, não pela cor de sua pele"

Martin Luther King Jr. 15/01/1929 - 04/04/1968


domingo, 25 de abril de 2010

Momentos


A gente pode imaginar a vida e a felicidade como uma colcha de retalhos. Os momentos. A nossa vivência se divide em momentos bons e maus, longos e curtos, importantes e sem aparente importância. Essa dualidade nos divide, nos ensina, nos prepara, muitas vezes também nos frustra, nos entristece. Um só momento de poucos minutos, ou quem sabe segundos, pode mudar toda uma vida, nossa visão de mundo, nosso futuro. Achamos felicidade ou desventura quando menos esperamos em algum momento que não estava marcado pra acontecer.

“Felicidade se acha é em horinhas de descuido” (Guimarães Rosa)

Desde garoto a gente vai formando o caráter, as opiniões, as crenças, tudo de acordo com a vivência, as fases. Entenda como a maior parte dos grandes bandidos chegou onde está. Sua educação (ou falta dela), a ausência do Estado, a falta de recursos, toda uma conjuntura vai formando um delinqüente. Por vezes um rápido momento, uma cena traumática que se vê, uma surra, um abuso sexual ou uma perda modifica tudo.

Momentos... A gente vai vivendo, crescendo e passando por eles, cada um com suas substâncias, suas lições. Tem um texto na Bíblia, aquele famoso texto que trata do amor, explorado pela poesia e presente na música Monte Castelo, do Renato Russo. No final desse texto está escrito assim: “Quando eu era criança, falava, pensava e raciocinava como criança. Mas quando me tornei homem, meus pensamentos se desenvolveram muito além dos pensamentos da minha infância”. Os momentos nos moldam, para o bem ou para o mal.

O grande barato disso é a possibilidade de a cada momento bom ou ruim que a gente vive ou supera tirar grandes lições e a cada dia, ou a cada momento, nos tornar pessoas melhores.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Big Brother Brasil e a Preferência Feminina


Fim dos tempos! Big Brother Brasil virou tema de matéria aqui. Mas relaxa! Há de ter um pouquinho de banalidade na vida. É que eu aprendi algo com essa final do reality show mais assistido do país.

Antes eu me adianto e digo, principalmente para as mulheres que não forem capaz de assumir e entender o que vou revelar, não me julguem de machista e rude.

>>> Mulher gosta mesmo é de homem brigão, rústico, com doses de violência, do tipo que dão uma porrada na mesa quando querem ser compreendidos. Isso mesmo. Se gostassem de homem bonzinho o outro rapaz teria ganhado. Esse, no entanto, perdeu até para uma mulher(Sabemos que uma mulher não gosta muito que outra mulher se dê bem), ficando em terceiro.

O famoso Dourado brigou com gays, esculachou até mulheres e ganhou, obviamente de suas fãs do sexo feminino, extrema maioria votante do programa, um milhão e meio de reais. Por que ele é sensível, inteligente, bem humorado, galanteador, romântico, gentil e educadinho? Não! Ele está milionário porque é o contrário de tudo isso.

No entanto, sem generalizar, claro.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Tenha um 2010 atraente!


Nos últimos dias tenho tirado tempo pra ler nos fins de tarde frente a um lago aqui onde moro. Momentos de paz. De uns cinco dias para cá tenho notado algo bem interessante nessas tardes de leitura: uma ave, creio que uma garça ou do tipo, surge, passeia sobre o espelho d’água do lago, pousa, belisca algum peixe e, em alguns instantes, outros muitos pássaros de pequeno porte aparecem. Esses passarinhos surgem de repente, voam rasantes sobre o lago, molham-se num “quase-mergulho” de forma repetida. Eles só aparecem após a tal garça dar o ar da sua graça(tudo bem, o trocadilho foi meio forçado!). É como se a garça os houvesse atraído ao local. Aliás, eu creio piamente que seja isso, pois repetidamente foi assim. Ela chega e em poucos instantes os passarinhos tomam conta do espaço aéreo acima do lago.

2010 eu quero ser como aquela garça. Quero atrair. Atrair coisas e, principalmente, pessoas boas. Fica aqui minha sugestão para esse ano novo: Atraia, querido leitor. Atraia loiros(as), negros(as), ruivos(as). Atraia! Atraia bons amigos, atraia um grande amor que ficou no passado ou que esteja no futuro. “Re-atraia” aqueles que estão um pouco afastados, mas que não perderam a importância. Enfim, atraia boas oportunidades. Pode ser que elas não voltem em 2011 ou 2012. Atraia e agarre o que te fará mais forte em 2010!





quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A Cor do Brasil - O Estado Garantirá...


"O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais populares, indígenas e afro-brasileiras, e de outros grupos participantes do processo civilizatório brasileiro"

(Artigo 215 da Constituição Federal)


"O Estado garantirá..." O que o Estado tem garantido?

Bem... Após esse longo período sem matéria nova, devido a correria das últimas semanas, o Crítico dos Tempos retorna. E, de quando em vez, teremos algo a falar sobre preconceito, cultura afro e toda a questão que envolve a causa da pessoa negra em nossa sociedade. Deve-se a isso o fato deste humilde estudioso estar se aprofundando academicamente nessas questões.

Por hora, eu quero dividir com os amigos leitores, pensantes e reflexivos que sei que são, um tópico básico. Por que abordar essa questão? Eu sou branco, bem como muitos que visitam esse blog. Por que motivo é importante trazer esse assunto à reflexão?

Na humilde tentativa de uma resposta ao proposto, eu preciso voltar algumas centenas de anos no tempo e lembrar ao amigo ou amiga que os negros, ascendentes desses todos que aqui estão hoje, foram trazidos através de um infame comércio simplesmente para gerarem lucro. Preciso lembrar-vos que eles viviam sob as mais severas condições de sobrevivência, sem os mínimos direitos às básicas estruturas de vida. Preciso lembrar-vos também que toda a carga cultural desses negros africanos do século XVI ao XIX foram simplesmente desconsideradas, violadas, contrariadas, uma vez que eles eram obrigados a abandonar seus costumes, ritos e demais representações culturais. Preciso, ainda, lembrar-vos, se os amigos tem essa consciência, de que todo esse processo vil, ou seja, a forma o motivo pelo qual se escravizou o negro africano, ascendente dos nossos irmãos negros com os quais vivemos hoje em sociedade, é uma grande injustiça histórica.

Há alguns meses eu vi na televisão uma atriz negra defender as famosas e controvertidas "cotas para negros" das faculdades. A moça disse que essa política era válida para que se pudesse reparar um erro histórico, o erro de tornar o negro subalterno na sociedade brasileira. Não vamos tratar nessa matéria a política de cotas, mas aproveito as palavras da atriz. Precisamos reparar um erro histórico. Esse é um dos motivos pelo qual escrevo sobre esse assunto e um dos principais pelo qual desejo me aprofundar nessa questão, desde o século XV ou XVI até os nossos dias.

domingo, 18 de outubro de 2009

O Índio e a Estrela Brilhante

Num tempo não muito distante havia um jovem índio que, muito triste, havia pedido ao seu deus Tupã que lhe afastasse sua tristeza. Ao anoitecer, o índio notou no céu uma estrela muito brilhante e de tamanho maior que as outras. Aquela era a estrela mais bonita que ele já havia visto em sua vida. Ficou feliz e agradeceu ao seu deus Tupã, pois a estrela o havia alegrado o coração.
No dia seguinte, o índio trabalhava mais disposto e a noite, da entrada de sua cabana, viu mais uma vez aquela estrela tão grande e brilhante que alegrou seu coração no dia anterior. Mais feliz ficou o jovem índio. Na noite seguinte pela terceira vez ele via a grande estrela. No quarto dia seu coração já palpitava ao entardecer, pois acreditava que veria mais uma vez aquela estrela grande. O índio estava apaixonado pela estrela que o seu deus Tupã lhe concedera. No quinto, no sexto dia ele estava ainda mais feliz e apaixonado pela estrela e não imaginava não poder ver a sua amada estrela antes de dormir.
No sétimo dia desde que avistara a estrela estava nublado e o apaixonado índio não pode ver sua amada brilhante. Três dias depois fez tempo bom, mas a noite o índio não viu mais a estrela pela qual se apaixonou. No outro dia, também sem nuvens, a estrela não apareceu.
Nunca mais o índio viu sua estrela apaixonante, pois se tratava de um cometa que cortava o céu do Planeta Terra. Cometas passam e demoram muitos anos para passar de novo. Muitas vezes passam uma vez e nunca mais retornam. O jovem índio chorou, brigou com Tupã, mas entendeu que é preciso esquecer sua paixão.

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O índio urbano nem sempre diferencia o que é uma estrela ou um cometa. Quando é uma estrela, ele entende que o céu é feito de muitas outras. Quando é um cometa, ele tem paciência para esperar cruzar o seu céu novamente.

domingo, 16 de agosto de 2009

Comida, Diversão e Arte!


Bebida é água.
Comida é pasto.
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?
A gente não quer só comida
A gente quer comida, diversão e arte.
A gente não quer só comida,
A gente quer saída para qualquer parte.
A gente não quer só comida,
A gente quer bebida, diversão, balé.
A gente não quer só comida,
A gente quer a vida como a vida quer.

Nessas férias tive a nobre idéias de fazer um curso de extensão na universidade, um curso de História da Arte. Nesse tempo divaguei sobre a importância da arte em nosso cotidiano. Notei, com certo conhecimento de causa, que a gente não precisa nem pode ter uma vida tão trivial, uma vida só de "comida e bebida".

Pouca gente tem acesso a arte, excetuando, em certa escala, as artes da massa, pertencentes da "sociedade do espetáculo". A música que mexe o povão, a novela, os filmes, são decerto arte. No entanto, o "outro lado" da arte, o lado B, as artes visuais de elite, chamadas de belas artes, mesmo as músicas eruditas, o cinema cult, tem pouco alcance. Em parte pela questão de gosto popular, mas não só por isso. É muito facil entender a arte do Zeca Pagodinho(e claro que ele tem excelentes letras e músicas), também facil assimilar a novela das 20h(claro também que a partir dela se obtem noções culturais). Não tão fácil, porém, é interpretar Leonardo Da Vinci ou Auguste Renoir. Esse privilégio acaba sendo mantido para as elites dominantes. Para isso é preciso espírito crítico.

O filósofo Immanuel Kant escreveu:

"Só a crítica pode cortar pela raiz o materialismo, o fatalismo, o ateísmo, a incredulidade dos espíritos fortes, o fanatismo e a superstição, que se podem tornar nocivos a todos e, por último, também o idealismo e o cepticismo, que são sobretudo perigosos para as escolas e dificilmente se propagam no público"(Crítica da Razão Pura)

Compreenda comigo, interessa aos poderes dominantes que tenhamos espírito crítico? Interessa aos mandatários da nação que tenhamos discernimento entre o melhor e o pior, entre o que é bom e o que é ruim? Claro que não. Portanto, isso explica o porquê de a arte que faz pensar e repensar ser liberada a "conta-gotas". Isso explica a nossa fraca política de incentivo as artes. A História mostra que em muitos dos movimentos do mundo moderno que visavam revoluções para melhores condições de liberdade, ética e igualdade estavam envolvidos artistas pensantes, homens que sonhavam e trabalhavam por um mundo melhor.

Apreciar arte, a verdadeira arte, é libertar e libertar-se. Transforma por fora e por dentro. Adoça a vida, abre os olhos e enobrece. Fica aqui o "toque" para que sua vida tenha mais arte.



Obras de arte na ordem :
- Abaporu (Tarsila do Amaral) - NO TOPO
- Impressão, Nascer do Sol (Claude Monet)
- Detalhe da "Luxúria" em Sete Pecados Capitais (Hieronimus Bosh)
- Escultura Pietà (Michelangelo)
- A Noite Estrelada (Vincent Van Gogh)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Empalamento Psicológico Infantil

Coloquei-me a pensar com uma notícia que li hoje. Devido a reclamação de um pai de aluno da rede pública de ensino, o livro didático de História da "Coleção Projeto Pitanguá", da Editora Moderna, está sendo tirado de circulação. Motivo: No referido livro há uma imagem de empalamento indígena. Na cena do francês Theodore de Bry, do século XVI, alunos do 4º ano do Ensino Fundamental veem um indígena aprisionado de bruços e uma índia introduzindo no ânus dele uma estaca aguda. O empalamento foi utilizado em diferentes tempos e culturas. Os vikings, na Idade Antiga, quando desceram a escandinávia em busca de terras e melhores condições de vida para sua civilização que muito crescia utilizou o empalamento e com isso intimidava previamente as populações de terras ainda não invadidas. A prática de tortura e pena também foi utilizada no Brasil pelo cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, vulgo "Lampião".
Tudo bem. A cena é deveras forte e eu quero deixar bem claro que até acho inadequado para uma criança de 4ª série lidar didaticamente com uma imagem de tortura sacrifical tão forte, mas a sala de aula é o único lugar em que a violência alcança as crianças? Outra pergunta: Os pais que consideram imprópria tal imagem permitem que seus filhos vejam(por exemplo) desenhos animados? Bem sabemos que o que se disponibiliza para as nossas crianças na televisão tem se resumido em violência de vários tipos. Nesses desenhos "animadíssimos" vemos corrupção, mentira, contra-cultura, apego a coisas materiais e muito, muito, mas muito sangue. De tal maneira que, sem dúvida, as crianças, adolescentes e jovens crescem acostumados, adequados a essa realidade nua e crua, mas também fantasiada, da violência e outras mazelas atingíveis pelo psicológico. Também pode-se afirmar sem medo de errar que isso muito contrubui para uma sociedade ainda mais violenta e desestruturada a curto, médio e longo prazos. A banalização da violência na televisão acarreta não apenas mais violência para o cotidiano das sociedades presentes e futuras, mas também amedronta, assusta, tal qual faziam os vikings nos tempos antigos.


Na verdade isso não é nada novo. Tom & Jerry, Pica Pau, Zé Colméia e outros desenhos mais antigos também exibem cenas de violência recorrentemente. Mas o que vigora hoje são os desenhos explosivos, ricos em ponta-pés fatais, poderes atômicos, com monstros de outro mundo e com cara de poucos amigos. É claro que nem todos que assistem esses desenhos são ou serão assassinos em potencial, mas a ambientação com a violência não pode gerar frutos positivos, não é verdade? Como não sou radical, penso que é preciso moderação no uso da televisão, sobretudo para as crianças.

Enfim, é uma grande verdade que a violência tem chegado aos lares através desse maravilhoso instrumento chamado televisão. No entanto, cuidado! ou qualquer dia você chegar em casa e encontrar a estante onde fica a sua TV cheia de sangue...

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O Porquê de Escrever

Segundo a História, a escrita surgiu na Mesopotâmia por volta do ano 3.200 a.C. e se desenvolveu primariamente pela necessidade de contabilizar os dividendos do comércio e os impostos. Também foi fundamental para a formação de Estados e para a afirmação das pessoas como seres pensantes. É a forma fundamental de transferência de experiência e cultura. Com a multiplicação do saber, a escrita se torna o elemento mais comum a nossa volta. Livros, revistas, Internet, placas, etc. Não é possível estar em movimento sem a todo o momento estar diante de algo escrito.

Mas,

Mesmo quando não o fazemos de forma profissional ou com compromisso,

Por que escrevemos?

No começo de 2008 tive a feliz idéia de começar a escrever esse blog. Por que eu fiz isso? Escrever é uma terapia, mas não só isso. Escrever(em um blog) é um instrumento que eu tenho para compartilhar minhas idéias e visão de mundo, mas não é só isso. Escrever aperfeiçoa a compreensão e traz resultados fantásticos para a fala, a leitura e a própria escrita, mas não é só isso. Eu posso ajudar alguém através do que escrevo, proporcionar momentos alegres, de reflexão, de esclarecimento, mas não é só isso. Enquanto lê esse artigo, você é levado a pensar se estou certo ou errado, você pode concordar ou discordar, logo você é levado a uma análise crítica e a persistência na conclusão disso poderá te levar a novas e velhas idéias, projetos, etc. Mas escrever não é só isso. Escrever é, também, uma forma de você fazer-se entender como pessoa, mesmo que não esteja falando de si próprio. Tem muito de si mesmo nos seus textos, mesmo que você não queira. Engraçado... Quando resolvi escrever esse blog eu decidi não ser “totalmente eu”, adotei um “estilo laico”, baseado meramente em idéias, digamos, científicas, como que para não influenciar os leitores com minhas idéias mais íntimas. Resultado: não consegui. Mesmo que eu não me revele totalmente, é claramente perceptível quem eu sou.

Há muito de si próprio no que você escreve, mesmo que você não queira.

Então, escreva! “Cartinhas de amor ridículas”, como diria Fernando Pessoa, artigos sérios, piadas, versos ou prosa. Mude sua vida ou mude o mundo. Não pare.

Escreva!









segunda-feira, 2 de março de 2009

Mídia Televisiva x René Descartes – Você pensa?

Criado na década de 1920, o aparelho de televisão em pouco tempo passou a fazer parte do dia a dia das pessoas em todo o mundo. É o mais poderoso e popular sistema de comunicação já criado. Com os sistemas de transmissão variados e fortes, a TV tornou-se um meio muito interessante para entretenimento, informação e assimilação cultural. Mas, como “a mesma mão que mata é a que balança o berço”, esse prático e interessante aparelho tem servido para a deterioração da sociedade. Faremos aqui uma pequena análise de uma das maiores características da televisão: A alienação, que força o consumo, estagna o interesse e capacidade de consciência, desvia a atenção de outros meios culturais, entre outros males.

Para entender isso é simples. Observe a grade da maior emissora de TV do país. Nos dias semanais você tem: TV Globinho, Sessão da Tarde, Mais Você, Novela das 6, novela das 7, novela das 8, Vale a Pena Ver de Novo, Malhação, Vídeo Show, etc(você pode lembrar de outros). E fim de semana? Tem o Faustão e suas vídeo cassetadas, para rir e se divertir com a desgraça alheia. Isso sem falar em ter que agüentar atrizes e personalidades fúteis e sem uma mínima formação intelecto-cultural atuando como formadores de opinião. Ah! E tem os comerciais, pois a televisão existem para os comerciais. Os programas são produzidos para que você assista aos comerciais. “Compre!”, “Consuma!”, “Beba!”. “Compre de novo!”. Embriague-se com moderação! A TV é o intermediário entre a agência de propaganda e o consumidor. A sua função é fazer você consumir. Interessa aos poderosos que pessoas com pouco espírito crítico assistem aos programas de TV. Interessa a eles pessoas que não pensem, que comprem o que eles mandarem.

“Consumo, logo existo”

Tem o Big Brother Brasil, não poderia deixar de citar. A fofoca em nível nacional. Um programa que não dá pra entender nem o porquê do título “grande irmão”. E depois de terminado o programa a gente que não o assistiu tem que aturar as notícias de “fulana(ou fulano), ex-bbb” vai posar pra revista tal, e o pior, eles filosofando sobre cotidiano e comportamento em toda a mídia nacional! Vamos lembrar também do Pedro Bial(um homem inteligente e culto, a serviço da hipocrisia) com suas frases “Salve, salve nossos heróis, nossos guerreiros, nossos mártires, nossos fiéis sobreviventes...”. Como está falido o conceito de heroísmo! Você sabia que há milhares(sim, eu disse milhares!) de escolas no Brasil sem banheiro, sem piso, e com número insuficiente de assentos e mesas? Você sabe que esses professores do Nordeste ganham uma miséria ainda maior para trabalhar em regime de quase sacerdócio e também sabe que muitos dos seus alunos acordam de madrugada, de estômago puro, para assistir aulas nessas condições precárias. Não seriam esses mestres e estudantes verdadeiros heróis, dignos de assim serem chamados em horário nobre?

Emissoras de TV tem a obrigação de manter programas educativos em sua grade. Mas, perceba, esse programas são em horários indecentes! Globo Ecologia e Globo Ciência, por exemplo, são exibidos praticamente em madrugadas. A educação proporciona capacidade analítica, permite escolhas baseadas na racionalidade, causando um consumo consciente.Você acha que isso interessa a quem se afortuna com a audiência dos menos sabidos e conscientes?

O brasileiro assiste, em média, cinco horas por dia de televisão. Qual será a média diária de leitura, de conversa sadia, de aprendizagem, da prática de ajuda a quem precisa????

A Alienação que causa a necrose na capacidade de pensar da sociedade não é apenas motivada pela televisão e seus canais populares, mas é bastante coerente reconhecer que hoje eles estão entre os principais inimigos da sociedade. O conceito de existência real atrelada ao poder de pensar e agir conscientemente é derrubado pela imposição do comércio psicótico que a televisão exerce, obrigando ao consumo desenfreado e vazio. René Descartes deve estar se revirando no túmulo...

É claro que eu assisto televisão, pouco, mas assisto. É claro que precisamos de entretenimento na televisão e fora dela. Mas, como para tudo, é preciso um uso consciente desse tão interessante meio de informação, entretenimento e assimilação cultural.

“O ser humano não tinha aprendido a amar o próximo e já tinha inventado a televisão, que ensina a desprezar o distante.” (Millôr Fernandes)

Você pensa? Você existe?

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Felicidade - O quê que é isso?????



Tenho certeza de que, por mais que eu use palavras convincentes e argumentos plausíveis, não terá sido possível definir claramente tal palavra. Ou talvez a mais singela explicação a explica inteiramente.

Vamos definir simploriamente. Felicidade seria (impossível não designar condicional no verbo) a satisfação, o bem-estar, a sensação de paz interior. Podemos usar expressões sinônimas mais explícitas como júbilo, êxtase, alegria duradoura, entre outras. Você pode dizer que está feliz, significando um momento explosivo desse sentimento. Pode dizer, no entanto, que é feliz, demonstrando uma sensação de bem-estar contínuo.

Para Nietzsche felicidade consistia em fazer o que simplesmente apraz, não importando se as convenções sociais consideravam morais, imorais ou amorais a prática da felicidade “diferente do que a sociedade estava acostumada”. O importante, portanto, é obter prazer, desconsiderando se é “socialmente” certo ou errado. Para Calvino e a corrente do puritanismo a obtenção da felicidade genuína viria da a sólida realização de atitudes que constroem sentimentos e respostas que não ferissem as normas vigentes da boa vida em sociedade. Para Calvino, portanto, a felicidade, era algo puro, e não se obtinha de qualquer forma. Para os filósofos hedonistas o fundamento da vida moral é o prazer, logo, isso é felicidade. Para filósofos epicuristas uma vida de prazer predominante era a chave para a felicidade. Para o Budismo a felicidade está em renunciar as coisas do ego, visão bem diferente do Hedonismo e do Epicurismo. Para alguma outra pessoa, sendo ela um pensador renomado ou não, felicidade pode ser alguma coisa boa entre coisas ruins. Enfim, há muitas visões de felicidade. Qual a certa e qual a errada? Existe a certa ou a errada?

Algumas pessoas têm o que pensamos ser “tudo para ser feliz”. Mas não são. Por quê? Eu posso comparar duas situações.

- Certa vez numa fila de banco um senhor muito humilde, trajando roupas puídas e um chinelo bem gasto pediu-me para ler seu extrato de conta corrente (ele me confundiu com alguém do banco). Ele tinha mais de 60 mil reais em sua conta e, provavelmente, estava muito feliz em ter tomado o ônibus lotado, trajando sua roupa surrada e seu chinelo muito gasto. Ao passo que ele podia ter um carro e roupas melhores. Ele devia sentir-se muito feliz com as humildes refeições que tinha em seu humilde lar, mesmo podendo comer em restaurantes e morar numa casa com ar condicionado.

- Noutra vez um cliente numa belíssima mansão situada numa enorme propriedade de frente para o mar de Armação dos Búzios reclamou para mim que não tinha paz (felicidade).

A relatividade desse sentimento chamado felicidade é por demais clara. É possível que alguém que tem uma esposa ou namorada linda, maravilhosa, atenciosa, inteligente, pacífica (imagine um monte de outros adjetivos interessantes)e, além de tudo, que o ama muito e não se sentir feliz. É possível também que alguém queira muito menos que isso da vida para ser feliz ou ainda alguém que não tenha nem tem perspectiva alguma de tantos favores do destino e se considerar uma pessoa feliz.

A felicidade é algo complexo à medida que nós somos complexos. A felicidade é algo difícil à medida que nós mesmos somos difíceis. A felicidade é algo ilusório à medida que nós criamos utopias negativas em nós mesmos. A felicidade é algo inalcançável à medida que nós não a deixamos nos alcançar.

A felicidade pode ser qualquer coisa, mas você precisa saber o que ela é pra você. A felicidade está nos grandes empreendimentos e também nas pequenas coisinhas, pequenos eventos de meio segundo de duração.

Talvez eu seja bem prosaico se considerar felicidade aquilo que te completa, aquilo que não apenas te faz sorrir ou chorar numa explosão de emoção, mas também algo que te faz sonhar, ser melhor e fazer melhor.

O que quer que seja a “felicidade”, ela certamente é algo ao seu alcance. Porém, você pode decidir pra você mesmo que ela é impossível. Eu tenho certeza de que essa decisão fará de você uma pessoa infeliz.

Felicidades pra você, leitor!!!!



(Obs: a insistência em grifar a palavra FELICIDADE é com o objetivo de fazer no leitor uma lavagem cerebral. Pra você ser de hoje para sempre muito FELIZ)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Texto "Como Resolver Problemas" foi escolhido o melhor de janeiro


Quero agradecer aos amigos que escolheram esse texto(o abaixo) como o melhor desse mês de janeiro. A iniciativa é do blog Veriversun.

Também quero parabenizar os autores dos demais textos premiados como o selo:



Abraço a todos!!

sábado, 24 de janeiro de 2009

Como Resolver Problemas? (dicas humildes de quem pouco entende)


Não é preciso conhecer muita gente pra ter no círculo de amizade pelo menos meia dúzia de pessoas choramingantes, lamentosas e reclamantes da sorte que a vida lhes proporcionou. E, como ouvinte bom e solícito, o prezado e paciente leitor responde com sinceridade de coração utilizando frases como: “Tudo vai melhorar”, “Tenha confiança”, “O tempo resolve tudo” e por aí vai. Claro que você não poderia dizer o contrário. Imagine um amigo(a) chorando as mágoas de problemas não resolvidos e você falar: “As coisas ainda vão piorar pra você”, “Desista de acreditar e morra”, “O tempo vai passar e você vai continuar na lama”.

As pessoas têm diferentes maneiras de perceber e lidar com seus problemas. Algumas são otimistas, seguras de si, autoconfiantes, muitas vezes se fecham e procuram resolver sozinhas as questões que as angustiam. Muitos outros são pessimistas, não acreditam em soluções, acham que tudo está perdido e vêem o choro e lamentar como uma forma de extravasar o que pensam não ter solução. De qualquer maneira, acredito que algumas atitudes cabem a todos os grupos de pessoas com problemas a resolver.

Claro que eu não sou um especialista em conselhos pra pessoas com problemas difíceis, mas algumas coisas práticas todos sabem, inclusive os que, como eu, tem problemas relevantes e, pelo menos de quando em vez utilizam alguns ombros amigos para despejar lágrimas. Como meu nome não é Augusto Cury e muito pouco ou quase nada sei de psicologia não vou ficar me delongando. São coisas que eu aprendi teoricamente, pelo menos, e que acho coerente.

- Identificar o problema. Não existe problema invisível. Talvez seja preciso uma boa auto-análise pra você mesmo entender o que se passa consigo. Mas você deve saber bem porque chora. Não se faça de desentendido. Pra um homem pode ser duro reconhecer que está sofrendo devido o seu orgulho ou incompetência técnica em alguma área da vida. Pra uma mulher também não deve ser fácil reconhecer erros que mexem com o seu brio. Eu quero dizer que a menos que o universo esteja duramente conspirando contra você ou uma conjunção astrológica muito desfavorável esteja te causando uma onda de azar inédita, o problema (ou parte do problema) é você ou está em você!

- Acredite na possibilidade de tudo ficar bem, sem ser fantasioso. Confie em Deus, confie em você. Se você não acredita, melhor parar e começar a chorar desesperadamente. Ou chame o Chapolin Colorado...

- Mãos à obra. Acredite na ajuda divina, mas não cruze os braços esperando que Deus desça pra resolver o que cabe só a você. Bem.. Você já sabe o que precisa resolver e acredita que vai resolver. Teoricamente(talvez apenas teoricamente) é bem simples. Exemplo: se o teu problema é o não rendimento no trabalho devido o cansaço, diminua as noitadas. Se você perdeu um grande amor por ser “duro”(não falo de grana), passe a ser mais maleável, amável. Se for “duro” de grana, qualifique-se e melhore sócio-economicamente. São apenas exemplos. Se o teu problema precisa ser resolvido junto a outras pessoas, aí é mais difícil, mas certamente essas pessoas também querem que tudo seja resolvido da melhor forma. É bem possível que você precise de ajuda externa. Não deixe de em contar com amigos experientes e procure ajuda profissional também, se necessário. Se você estava agindo de forma errada, a causar problemas, é preciso fazer o contrário, uma conversão de atitudes.

Muitas vezes, mais difícil que efetuar uma mudança interior é dar continuidade na nova maneira de proceder. Mas é preciso, pois cometer os mesmos erros fará com que os mesmos problemas voltem. É bem verdade que problemas precisam de tempo para serem resolvidos e em alguns casos o primeiro remédio é o tempo(porém, cuidado com a acomodação).

Que 2009 seja um ano de resolvermos antigos problemas e evitarmos novos.

Obs.: O amigo leitor pode contribuir com essa matéria, dando outras dicas na seção de comentários. Assim, eu vou atualizando essa postagem.

Abração!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Um 2009 melhor...


Pois é... Mais um ano findo e outro se revelando. Você, paciente leitor, que aqui atura tanta babaquice filosófico-pós-moderna, terá nessa postagem o (des)prazer de ler algo mais prático, porém, da mesma maneira, palavras jogadas ao vento, baboseiras de início de ano. Temos pela frente 360 dias desse esperançoso 2009. 360 dias é exatamente o ano comercial. Que coisa, hein?

Eu poderia escrever aqui: “Feliz 2009!” ou “Que os seus sonhos sejam realizados nesse novo ano que desponta em meio a toda essa turbulência sócio-econômica” ou mesmo o tradicional “Próspero ano novo!”, mas não! Posso fazer melhor e deixar algumas dicas. Algumas podem salvar teu ano, outras não federão nem cheirarão(grotesco, isso – to me superando) e outras ainda poderão acabar com teu 2009... Eis aí algumas idéias para um 2009 melhor:

1- Leia até o fim. Faça diferente esse ano. Pra muitos é chato ler emails com historinhas de lição de moral, religiosas ou power points. Não precisa participar das correntes, mas leia, vai! Ta lendo?

2- Se não tem, compre uma bicicleta. Não só por causa da saúde. As cicles estão cada vez mais raras e serviços de mecânica e peças de carro estão caríssimos.

3- Comunique-se mais. Principalmente de forma oral. (Não é fácil, mas)Use menos internet e torne sua vida mais real. Dê mais cor e sabor ao seu novo ano com menos virtualidades.

4- Se você não tem nenhum conhecimento de alguma arte, aprenda alguma logo nesse início de ano. Música(instrumento musical, teoria, vocal,etc), pintura, poesia, plásticas, qualquer arte. Sua vida terá um novo(e belo) horizonte.

5- Considere-se não tanto inteligente e considere os outros não tanto estúpidos. Você crescerá se entender a cultura alheia.

6- Estoure pipocas mesmo que não tenha um filme pra assistir.
7- É uma besteira isso de usar aquela lingerie especial ou a blusa nova se for uma data “especial” faça dos próximos 360 dias(e dos seguintes também), dias especiais.

8- (Especialmente para homens) Você não será menos macho se demonstrar cordialidade e afeto a um amigo ou se reconhecer diante de sua esposa ou namorado que está errado. Você também pode ficar do lado dela assistindo a novela ou um filme, mesmo se estiver passando jogo no outro canal.

9- (Especialmente para mulheres) Você pode ficar menos aborrecida se a gente preferir ver o canal de futebol de vez em quando. E mais: não é que a gente prefere o Flamengo a vocês, é que vocês não proporcionam pra gente a alegria de ver um vascaíno cabisbaixo no trabalho.

10- (Para os homossexuais) Amigos, não esperem que em 2009 tudo o que vocês reivindicam seja atendido. Os negros ainda não são socialmente livres, mesmo com tanta luta.

11- Leve sua mãe pra almoçar, se você ainda tem uma. Enquanto você tem uma!

12- Cole a foto de alguém que você muito ama na geladeira ou na parede do teu quarto. Olhe com doçura logo pela manhã e quando encontrá-lo(a), olhe pelo menos com a mesma doçura.

13- Conheça mais o lugar onde você mora. Não é preciso avião pra fazer turismo, nem mesmo um carro, muitas vezes.

14- Estamos no tempo da velocidade. Tudo é urgente, é pra ontem, para tudo temos pressa. Dê um stop nisso de vez em quando. Simplesmente pare.

15- Acrescente a essas idéias as suas.

16- Feliz 2009! Que os seus sonhos sejam realizados nesse novo ano que desponta em meio a toda essa turbulência sócio-econômica. Desejo a você um Próspero ano novo!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

"Entre Aspas"


Olhando o Brasil de outrora, vejo como são pequenos os grandes homens do Brasil de agora”. (Nogueira da Silva )


Qualquer dia eu comento...
Mas nem precisa!
Comente você!!!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Um pouco de arte - Parte II


Suposta Força

Eu tenho a coragem de rasgar meu peito
E dele subtrair um nome, uma imagem...
Mas choro se lembro daquele sorriso.

Tenho a coragem de dilacerar sentimentos outrora inefáveis...
Mas, resoluto, entrego-me às doces lembranças
Que me assaltam sobre o travesseiro.

Contrario a lógica emocional do que eu mais desejo,
Mas esmurro minha dureza de coração
Se apenas imagino o vulto da minha amada.

Como num auto-sacrifício eu sou capaz de negar e negar-me,
Mas me entrego às ilusórias lembranças...
Utópico pretérito, ímã do futuro.

Em sua suposta força o poeta denuncia a sua fraqueza:
As letras de um nome, o som de um sorriso,
A imagem turva de uma sombra que se foi.


domingo, 14 de dezembro de 2008

O sorvete de R$ 1,70 e o Chevette



No meio da semana fez sol... O calor do meio de um dia de trabalho pediu um sorvete então parei numa dessas franquias e pedi um. R$ 1,70 - mais caro que outros da concorrência pelo simples fato de estar localizado em frente a um belo canal de aguas verdes. Senti-me roubado, mas tudo bem, eu queria tomar um sorvete naquele momento e naquele local. Sentei-me à única mesa disponível, de frente para o canal, mas havia ali um Chevette estacionado. Seria mais agradável não ter nenhum carro entre eu e o verde do canal, mas se fosse um Honda New Civic prata seria menos mau. Pelos menos o Chevette não tinha vidros escuros, dava pra ver um pouco da paisagem por entre eles. De início fiquei um pouco aborrecido com o dono do usado carro, mas depois fiquei até com pena... Não por seu carro ser um Chevette usadinho mas por que ele pagou R$ 2,00 pra estacionar ali e nem deve ter tomado um sorvete, admirado a vista bonita do canal, sentido a brisa fresca na face, visto as belas mulheres passarem com seus trajes de sol quente...

É... O sorvete ficou até barato!

Depois passou do outro lado da rua um ambulante da Nestlé, com aqueles sorvetes de R$ 8,00. Então ponderei que o meu sorvete de R$ 1,70 estava num preço excelente. Passei a achar que fiz um excelente negócio ao tomar o sorvete ali, até com o Chevette me simpatizei, pois era verdinho, combinava com o canal ao fundo.

Quando o dono do Chevette, provavelmente um professor(não pelo carro, mas pelos livros que portava, ok? eu tb tenho carro velho!), se retirou com seu carro, tudo perdeu a graça e fui embora. Depois paguei R$ 2,50 num refrigerante sem gelo nem rodela de laranja e, o pior, sem nenhuma vista paradisíaca nem tampouco nenhuma filosofia de cotidiano...

domingo, 30 de novembro de 2008

Frase(mentirosa)do dia - parte II


Verônica disse essa mentira descabida e me deixou muito indignado:


"Homem romântico, sensível e atento as necessidades femininas tá morto ou é bicha..."


Eu tô morto!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Evolucionismo x Criacionismo: uma guerra que perdura séculos. Parte I.



Não é intenção nossa mexer com assuntos polêmicos só pra “tirar onda” ou complicar mais o leitor. Nós, os seres pensantes, supremos nesse sistema tão amplo e complexo, inventamos e re-inventamos de tudo, mas nos é altamente difícil explicar de onde, como e quando viemos. E tais inquietações são recheadas de dogmáticas defesas que não raro ultrapassam a linha do respeito e tolerância necessários em qualquer convivência. Como não sou testemunha ocular do momento original do surgimento da vida, nada posso afirmar com certeza inconteste.

Nessas duas matérias sobre a questão do criacionismo x evolucionismo, eu apresento o meu amigo e xará Alexandre, graduando em Ciências Biológicas e coerente na exposição do tema. Os grifos são meus, com a apreciação e permissão do Alexandre. Leia e comente. Abração!


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Para começar a falar sobre esse tema, é bom que o leitor tenha a definição precisa de alguns termos:

- Evolucionista: pessoa que aceita a teoria da evolução sem ressalvas como modelo para entender como se deu a diversidade das espécies e consequentemente a origem da vida.

- Criacionista: pessoas que quase em sua maioria são evangélicas e aceitam o Gênese bíblico como literal. Existe Também uma organização político/religiosa dessa linha de pensamento que busca entrar no meio científico com idéias a priori científicas, porém, com cunho religioso não explícito.

- Evolucionista Teísta: Pessoas que acreditam que Deus usou a evolução para criar a vida. Aceitam a evolução, mas entendem que todo esse sincronismo do mundo real tem as mãos de um ser, ou força que contribuiu para que tudo ocorresse harmoniosamente.

Primeiramente eu vou discorrer o assunto do ponto de vista evolucionista. Na segunda parte eu falarei do ponto de vista criacionista.

Vemos as coisas evoluírem em todas as partes a nossa volta. Podemos mencionar que a última grande revolução científica foi a internet, que nos fez praticamente entrar em contato com o mundo, sentado na poltrona da nossa casa. Quem poderia imaginar isso há 100 anos atrás?


Bem, se o mundo da engenharia evolui, por que não a natureza? Observando as semelhanças entre cavalos e zebras por exemplo, você poderia facilmente concluir que elas são primas, ou no mínimo parentes. Observamos cachorros e lobos, gatos e tigres, e muitas outras espécies. E o mais curioso, é que, especialmente no reino animal, nós vemos um aumento gradativo de complexidade à medida que observamos as espécies.


Hoje em dia, muito além do que quando Darwin escreveu seu famoso livro, os dados estão cada vez mais precisos ao nível molecular. Conseguimos fazer comparações entre espécies através do mapeamento do seu genoma, ou conjunto de genes contidos no DNA do indivíduo. Isso vem mostrando que de alguma forma, todos os seres vivos possuem semelhanças, e fortifica a idéia de que todos eles foram sofrendo alterações ao longo do tempo que permitiram a mudança de uma espécie para outra. Podemos citar o exemplo das aves que, segundo os zoólogos, são oriundos dos répteis que poderiam ter desenvolvido suas asas de duas maneiras diferentes: do chão para cima ou de cima para baixo. Não vou me ater a detalhes como explicar as mutações, a interferência do ambiente, a deriva gênica e etc. Acho que citando esses exemplos, as pessoas conseguirão pegar bem as idéias propostas, até porque todas essas hipóteses são baseadas em estudos sérios. Vale ressaltar que não são apenas “achismos”.


Muitos estudos são feitos e toda a ciência é fundamentada nessa Teoria Científica de que os mais aptos sobrevivem, evoluem e dão continuidade à vida. Que os seres possuem um grau de parentesco isso é evidente. Basta ver uma onça e um guepardo. São espécies diferentes, porém são animais muito parecidos fisicamente. Essa idéia realmente foi uma mudança total da visão fixista no passado, e tem sua aplicação fundamentada. Mas então começaram a aparecer as extrapolações. Já que as espécies sofrem modificações, elas podem se transformar em outras de filos diferentes. Os peixes evoluíram para anfíbios, que evoluíram para répteis, que evoluíram para as aves etc... etc... até chegar ao ser humano, que de longe é o ser vivo mais complexo do universo.

É nesse ponto que toda a Teoria da Evolução carece de provas empíricas. Se elevarmos isso ao nível celular, a coisa fica mais complicada ainda para resolver. Bem, se a Teoria explica a evolução da vida, deveria explicar também a vida aos seus níveis mais fundamentais. Os cientistas mencionam os fósseis como prova irrefutável de que a vida evoluiu, mas estes só provam que os organismos já existiam e de formas já com certo grau de complexidade. E o começo? Talvez você ouça “Ah, evolução nada tem a ver com origem da vida”. Será que é assim mesmo? Então, se eu desenhar a árvore genealógica da vida de hoje até o seu começo, aonde eu vou chegar? EUREKA! Na origem da vida. E aí existem hipóteses como o mundo do RNA dentre outras, para explicar o surgimento da vida que é seguido por argumentos que sugerem a evolução da primeira partícula (coacervado) até o ser humano hoje. Então, essa afirmação de que a evolução nada tem a ver com a origem da vida é hipócrita. Claro que uma coisa está ligada à outra. Não precisa ser cientista para enxergar isso.

A conclusão de todo esse discurso é simples: explicar a evolução das espécies é muito mais complicado do que parece. Que a idéia pode ser aceita, claro que pode. Agora quem disser para você que a evolução está definitivamente provada cientificamente está no mínimo sendo desonesto. É a única proposta que não invoca uma causa externa para o surgimento da vida, e por essa razão é a mais aceita pela comunidade científica. Mas será a Teoria da Evolução uma verdade absoluta? Não! Ainda há buracos enormes a serem preenchidos e os cientistas deveriam ser mais sinceros nesse sentido. Alguns realmente são honestos e sabem que o problema está ainda engatinhando. Outros, que tanto criticam pessoas religiosas, acabam fazendo da evolução uma religião para si, e são tão ou mais fundamentalistas do que muitos líderes religiosos. Admitir que o problema tem grandes lacunas e necessita de profundas reflexões é a atitude mais honesta a ser tomada por qualquer pessoa de bom senso. Já atribuir o surgimento do mundo natural a uma causa externa será o tema da parte dois desta mesma discussão.

Alexandre P. Ferreira, graduando em Ciências Biológicas.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Na Pracinha



Estava eu sentado ao banquinho numa pracinha aqui perto de casa lendo a política e os costumes da França no Século XVII quando presencio algo que me chama à atenção. Um menino de uns 10 anos passa com um amiguinho de mesma idade com um celular tocando uma dessas musicas de funk com vocalista gago. “Everybody-body-body-body sha-sha-sha-sha-sha-sha-shake”. Americano gago deve ser o maior barato mesmo, por isso que isso deve fazer tanto sucesso…
Então... Passou o tal menino e sentou-se com o amigo no banco ao lado do meu. O interessante foi a conversa deles.
Eu esperava que falassem sobre um novo game bombando ou algo assim, mas o menino colocou-se a reclamar das “atitudes infantis de papai”. Isso, ele estava, e pelo que percebi, com razão, reclamando do comportamento do seu pai que havia falado que iria a rua pagar uma conta de energia elétrica e teria passado o dia todo sumido de casa. Disse ele que sabia muito bem que ele estava de armação pra cima da mãe dele. Quando se lê é bem diferente.
O amigo leitor devia estar ali naquele banquinho vendo os gestos e expressões do jovenzinho. Cheio de razões, falava igualzinho minha mãe. Eu poderia desenvolver aqui um texto sobre o que leva uma criança a sair por aí com um Nokia tocando funk gago pela praça, mas o que me impressionou foi a maturidade revelada naqueles minutinhos de papo com o amigo dele. É bastante comum nos tempos de hoje crianças com atitudes precoces. Muitas começam a namorar cedo, são pais e mães no início da adolescência, e amadurecem forçadamente, por conta das responsabilidades impostas por eles mesmos. Pra tecnologia algumas parecem que nasceram com um programinha instalado... Acho que em breve praticamente não haverá mais curso de informática, eles quase já nascem sabendo operar tudo no Windows!


Por fim, impressionado com a diferença entre a idade e a postura sábia do menino, quase que eu vou até o banquinho deles e peço umas explicações sobre o rei Luis XIV.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O Espetáculo da Violência e a Mídia



“Leôncio, filho de Aglaion, voltava do Pireu, próximo da face externa do muro norte, quando viu alguns cadáveres que jaziam perto do carrasco, e sentiu o desejo de observá-los melhor. Ao mesmo tempo sentiu repulsa diante da idéia, e tentou virar o rosto. Por algum tempo lutou consigo mesmo e tapou o rosto com as mãos, mas no fim o desejo venceu, e abrindo bem os olhos com os dedos, ele correu para os corpos dizendo: Pronto, malditos, deleitem-se com o adorável espetáculo” (Platão – A República)

A matéria que você está lendo não é rigorosamente em função do recém ocorrido caso Eloá. Mas sua publicação nesse tempo não terá sido mera coincidência. Pra ficar com os nomes mais recentes sem muito esforço podemos lembrar do João Hélio, da menina Nardoni, além desse caso atual. O mais importante aqui, porém, não é os nomes, mas o comum entre esses nomes e a exposição desses nomes que vamos abordar mais adiante.


Curioso notar que esses casos que caem seguidamente nos grandes meios de comunicação são de pessoas brancas, residentes de grandes cidades e com alguma notabilidade social. A dor do ser humano pode ser a mesma diferindo classe, cor e onde reside, mas o que interessa para os canais de comunicação é abordar gente dos tipos citados acima. Será porque isso? Não teria a ver com os patrocínios, anunciantes desses meios? Interessaria, de fato, retratar o caso de uma criança ou idoso maltratado até a morte numa cidade do interior do Maranhão, por exemplo? Essas pessoas não consomem Nike e os consumidores da Nike estão mais interessados com o que acontece em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, isso não é um fato? O Brasil tem um relevante número de assassinatos por dia, nessa filtragem importa manchetear o que melhor atende aos interesses da elite. O Estado de Pernambuco a média de 13 homicídios diários, pelo menos 1 ou 2 são casos espetaculares, mas há interesse em mostrar esses casos de pessoas humildes do Nordeste?


Um outro ponto notável é o poder de exibição que esses casos tem hoje. Com pouco tempo de pausa somos massivamente informados de alguma coisa espetacularmente negativa que está acontecendo. Há tempos atrás isso ficava a cargo de jornais sensacionalistas como “O Povo” ou dos programas tipo “Ratinho”, “Aqui Agora”, “Cidade Alerta”, entre outros. Hoje, no entanto, os programas jornalísticos tradicionais massificam essas notícias escabrosas com sua roupagem “terno e gravata” e “câmera calma”, com seus jornalistas visivelmente consternados com as noticias lamentáveis.


É a Sociedade do Espetáculo. Tem público, essa é uma questão. Podemos ver pessoas discutindo, apontando culpados, lamentando, rindo, numa mesa de bar com sinuca e cervejas como se fosse uma copa do mundo de futebol... Caipirinha, tira gosto e a criança arrastada por bandidos, assim, bem cru e tranqüilo como se estivessem fanado do almoço de domingo com a sogra... Clovis Rossi bem declara em uma matéria sua: “Se a sociedade quer espetáculo, os jornalistas lhe damos o espetáculo”
(
http://teleporto.abusar.org/pipermail/u-br.soc.politica/2007-June/015471.html)
Há mercado, o ser humano é naturalmente carniceiro e quem ganha dinheiro (muito dinheiro) com isso coloca mais lenha pra queimar. Esses grandes intelectuais coordenadores de tudo isso tem muita sensibilidade. Ouvem jazz e bossa nova, não tem Orkut porque é brega, lêem biografias e vão ao MAC sempre que há algo novo.


Tudo isso me remete ao ocorrido em Ruanda em 1994, pequenino país da região central da África, que teve em 100 dias sua população dizimada - uma população de 7,5 milhões quase um Milão foi exterminada geralmente a facões, numa covardia com a ciência da ONU, países europeus e EUA, etc. Cobertura jornalística tímida e desinteressada, e muito pouco envolvimento dos “grandes homens do ocidente”. Ruanda não tinha nada de interessante, além de sua cultura tribal misturada com catolicismo e protestantismo, pouco interessante para nós brancos de cá.


A notícia precisa render, principalmente dinheiro e mais dinheiro. É... Vamos comprar, vamos vender, não importando se é uma criança ou um idoso envolto em sangue. O produto tem que ser interessante...

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Você é uma Pessoa de Verdade?




Tudo bem simples
Tudo natural
Um amor moreno
Fruto tropical
Todas as cores
Que eu puder te dar
Toda a fantasia
Que eu puder sonhar

Eu pensei te dizer
Tantas coisas
Mas pra que
Se eu tenho a música (música)
Bom é bem simples
Sem nos complicar
E bastante tempo
Pra te amar...
(Bem Simples/Roupa Nova - trecho)


Você existe, mas você é uma pessoa de verdade? Não estou perguntando se você é matéria física mas falo de algo abstrato. Você é um ser humano, espécie dominadora do globo, é um cidadão, tem direitos e deveres civis e políticos, você é um indivíduo, tem suas características peculiares, é um habitante, com raízes fixadas onde se estabeleceu. Mas é você uma pessoa de verdade?

Pessoas de verdade são desprovidas de preconceito de qualquer tipo, vêem a vida da maneira mais poética, o sorriso tem mais valor que um bem material. Não que essas pessoas não tenham problemas, mas entendem que a melhor solução pra tudo é continuar vivendo amigo da vida.

Vamos, para melhor definir o termo, citar alguns poucos exemplos dentre tantos possíveis de atitudes e tipos de pessoas de verdade. Se você tem uma boa parte dessas características, certamente você é uma pessoa de verdade.

- Dizer bom dia, obrigado, por favor, com licença, sorrir pra quem passa, essas coisas tão básicas parecem que não são importantes, mas são os principais sinais de alguém é de verdade.
- Homens que, pelo menos de vez em quando, abrem a porta do carro para sua companhia. Um ato romântico esquecido. Pessoas de verdade resgatam bons costumes que se perdem no tempo.
- Mulheres que agradecem esses atos carinhosos com um beijo também são pessoas de verdade.
- Oferecer flores, lembrar-se de datas importante e, principalmente, demonstrar carinho e amizade em datas esporádicas constituem-se atitudes de pessoas de verdade.
-Atos de simplicidade: Repetir uma roupa, não se preocupar se um produto, roupa, lugar, está na moda ou não. Ter o mais caro não é o mais importante. Lanchar numa birosquinha não é o fim do mundo. Quem é de verdade anda de ônibus se preciso for, mesmo que tenha carro, e cede seu lugar pra um idoso, grávida ou deficiente.
- Pouca gente gosta de esperar. Vivemos num mundo que tem pressa pra tudo. Esperar alguém se arrumar, por exemplo, é irritante. Muitas vezes um relacionamento é desgastado por causa desses atrasos. Ou por culpa de quem atrasa ou por culpa de quem tanto se irrita com esses atrasos. Eu quero dizer que alguém de verdade pelo menos se esforça pra não atrasar tanto e também se esforça pra não irritar-se com que se arruma para ficar bonita para ele mesmo.
- Reconhecer quando está errado, voltar atrás numa decisão ou conceito são também atitudes dessas boas pessoas. Bem como tolerar os diferentes gostos e opções dos outros. Ninguém tem que ser igual a mim ou a você. Ninguém tem que pensar da nossa maneira. Há diversas maneiras de se descrever uma árvore, por exemplo.
- Ser honesto no troco, saber ganhar e saber perder, ser gentil com os idosos e as crianças.

Estava pensando outro dia quão bom seria se todos fossem como os políticos em tempos de campanha. Eles dão a vez, não se irritam no transito, cumprimentam, acenam, beijam as crianças humildes...

Provavelmente você não tem todas essas características. Eu não tenho. Mas quero ser melhor a cada dia. Pessoas de verdade não querem ser sempre a mesma coisa, elas querem ser a cada dia melhor, a cada dia mais “de verdade”. Pra fechar, pessoas de verdade são simples, mesmo que sejam milionárias. Não são nem se acham perfeitas. Vêem na simplicidade de viver, ser feliz e amar as coisas mais importantes da vida. Por que viver e ser feliz é bem simples... Quando se ama. Pessoas de verdade amam. Eu sou uma pessoa de verdade. E você?

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Diversão! Solução?


A vida até parece uma festa
Em certas horas isso é o que nos resta
Não se esquece o preço que ela cobra
(é meu irmão se a gente não quer!?)
Em certas horas isso é o que nos sobra.

Ficar frágil feito uma criança
Só por medo ou por insegurança
Ficar bem ou mal acompanhado
Não importa se der tudo errado

Às vezes qualquer um
Faz qualquer coisa
Por sexo, drogas e diversão
Tudo isso (tudo isso)
Às vezes só aumenta
A angústia e a insatisfação

Às vezes qualquer um enche a cabeça de álcool
Atrás de distração, mas eu digo:
Nada disso (nada disso)
Às vezes diminui a dor e a solidão

Tudo isso, ás vezes tudo é fútil
Ficar fébrio atrás de diversão
Nada disso, às vezes nada importa
Ficar sóbrio não é solução
Diversão; solução sim
Diversão; solução prá mim
Diversão; solução sim
Diversão; solução prá mim
Diversão; solução sim
Diversão; solução prá mim
Diversão
Diversão


A vida praticamente se divide entre aquilo que gostamos de fazer e o que não gostamos de fazer. Hoje eu precisei ir a uma cidade que nao gosto de ir. Uma cidade grande e feia, no meu conceito. Prefiro as pequenas e bonitas. Eu queria tanto estar em Ilha Bela ou Jericoacoara, mas estava lá naquela cidade barulhenta. Por que? Porque era preciso, porque eu nao podia deixar de ir aquela cidade hoje. Eu tinha a obrigação de estar lá. Mas eu nao tinha que estar em Jericoacoara hoje, posso deixar pra ir lá em 2009. Ou 2010. Ou nunca.

Algum dia voce fez uma coisa simplesmente porque estava com vontade de fazer? Você não morreria se não o fizesse mas o fez. Em contraponto, quantas vezes você fez coisas que não queria fazer? Você teve que fazer mesmo contrariando suas vontades, objetivos e credos. Coagido por alguma coisa que se julga maior que você, como numa ameaça sem brados, permitida e sancionada pela vontade coletiva, mas contra o que você queria.

Cabe a esta matéria apenas brevemente analisar e problematizar a questão do prazer ou desprazer nas atividades e passividades que nos são propostas.

Se você gosta e quer beber bastante aguardente, faça! Mas amanhã é sexta feira e você precisa estar de pé as 7:00h. Você continuará precisando do seu fígado nos próximos anos. Você tem um prazer enorme num copo de aguardente... você precisa ter saúde... você precisa se distrair... você pode gastar melhor seu dinheiro do que com bebidas... você precisa sorrir e esquecer os problemas... você tem uma balança aí???

Milhares de jovens devem estar em festas nesse momento em todos os lugares e fusos horários do mundo, enquanto você lê esse artigo. Imagine quantos deles vão divertir-se e serem pais e mães em 9 meses sem preparo nenhum. Eles estavam se divertindo. É preciso divertir-se!

A vida é tão cheia de mazelas, ecatombes, de responsabilidades, de ordens, de obrigações, de demandas, de horários, de despezas sérias, de inutilidades que nao trazem o riso, de derrotas, de perdas materiais ou não, de minúscias, de perfeccionismos, de leis, de regras, de modus operandi, de manuais de instruções, de dogmas, costumes e tradições, etc, etc e etc (...) Tanta coisa, tanta capa, tanta seriedade, que se eu não me divertir um pouco(ou muito)eu morro!!

Imagine a vida de alguem que se resume em dizer sim ou não, em cumprir todas as convenções sociais e cooperar para a ordem das coisas diuturnamente... você tem certeza de que corre sangue nas veias de alguem assim? Você está convencido de que seus olhos de fato brilham? Um ser humano não pode ser robotizado por qualquer sistema, seja ele a religião ou a burocracia das coisas oficiais(estatais) ou do que se acredita como certo ou de boa fama. Se você não tivesse feito aquela besteirinha não teria aprendido a importância das pequenas coisas da vida.

“Felicidade se acha é nas horinhas de descuido”(Guimarães Rosa)

Você ja chegou a pensar que a felicidade consistia em ter um bom emprego, estrutura sócio-religiosa, casar e ter filhos? Você ja pensou que isso era qualidade de vida? Repense! Tente perceber que não é dispensável o prazer dos 30 segundos em que vc bebia aquele refrigerante gelado com pedras de gelo... Nesses 30 segundos, ou 30 minutos, ou 3 segundos cabem muitas atividades que a sua criatividade pode cristalizar. Assista um beija-flor em câmera lenta e perceba o que pode acontecer em apenas 1 segundo. Isso tudo é diversão. De uma noite de amor a um simples contemplar da luz da lua. De uma festa do música que você gosta a um simples nascer do sol. Diversão.

A questão é simples e puramente a maneira de se divertir. O que você pode e o que nao pode. O que lhe é bom e o que não é. Essa análise nao cabe a esse artigo. Cabe a você!

Depois que eu voltei hoje da cidade feia e chata que citei no início do texto, aquela cidade que tive que ir, onde preferia nao ter ido, eu me diverti. Ouvi um CD que gosto muito.



Diversão; solução sim
Diversão; solução prá mim